sábado, 22 de dezembro de 2012

O Condutor e a Velocidade!


O excesso de velocidade aumenta muito o risco de acidente, desempenhando um papel determinante em cerca de 30% dos acidentes mortais. Trata-se de um dos maiores problemas para a segurança rodoviária. Cerca de 40% a 50% dos condutores ultrapassam o limite de velocidade recomendado e 10% a 20% excedem esse limite em mais de 10 quilómetros por hora. A velocidade excessiva aumenta a probabilidade de acidente bem como a de ferimentos graves e de morte em caso de acidente.
Não há uma solução única para o problema do excesso de velocidade. A resposta passa por uma combinação entre uma melhor concepção de infra-estruturas rodoviárias e a educação dos condutores. Os controles e as câmaras na estrada têm, em certa medida, um papel dissuador do excesso de velocidade. Discordo em absoluto nos radares escondidos “caça à multa” em que o objetivo é apenas sacar do povo mais impostos.
Poupariam-se muitas vidas, diminuir-se-ía a taxa de sinistralidade rodoviária se os condutores fossem informados onde estão os radares, mas há muito que somos governados e tutelados por gente “sábia” e então aí está o povo e as empresas a pagar os erros e os roubos daqueles que todos os dias nos “entram pela casa dentro” a pedir sacrificios.
A época Natalícia aproxima-se, com ela mais viagens são efetuadas, deixo-vos alguns conselhos de forma que a chegada em alegria não seja trocada por um manto de dor.
Assim:
  • Em caso algum utilize o telemóvel com o veículo em circulação. Pare o veículo em sitio seguro para falar, ler ou enviar mensagens.
  • Pare de 2 em 2 horas saia do veículo e tome um pouco de ar.
  • Não conduza sob efeito de álcool, drogas e certos medicamentos.
  • Arrume a mercadoria no porta-bagagem e tente distribuí-la o mais equilibrado possível.
  • Atenção ao estado das escovas de limpa-vidros e à pressão correta dos pneus.
  • Não tenha pressa em chegar, mas sim chegar em segurança. Modere a velocidade na aproximação de todos os locais de má visibilidade, ao entrar dentro das localidades, na aproximação de passagens de peões ou se as condições atmosféricas forem más.
  • Com as condições atmosféricas adversas, circule com os médios ligados e complemente com as luzes de nevoeiro em caso de estar nevoeiro.
  • Atenção à distância em relação ao veículo da frente, aumente essa distância sempre que o piso esteja em mau estado ou escorregadio.
  • Utilize sempre o cinto de segurança e as crianças devem viajar na cadeira apropriada e devidamente amarrada.
  • Faça refeições leves, não conduza depois de ingerir uma refeição abundante.
  • Se tiver de efetuar a manobra de ultrapassagem, “desça” a mudança de forma que a manobra seja executada o mais rápido possível.
  • Não exceda os limites de velocidade e adote a velocidade de acordo com o meio envolvente, nomeadamente, as condições atmosféricas.
  • Nas curvas de má visibilidade não utilize só o travão , utilize também o motor como auxiliar do travão. Trave com a caixa de velocidades.
  • Veja o estado de todo o sistema de iluminação do veículo.
  • Em caso de avaria, tente colocar o veículo em sitio seguro e coloque o triângulo de pré-sinalização de perigo, pelo menos a 30 metros do veículo de forma que o triângulo se veja a pelo menos 100 metros. Utilize, também, o colete enquanto coloca o triângulo ou repara a avaria.
  • Ao entrar nas vias de acelaração das auto-estradas ou vias equiparadas, aumente a velocidade de forma que ao entrar na faixa de rodagem das mencionadas vias o faça em segurança.
  • Se abordar algum acidente, ajude se necessário, se não for preciso ajuda, afaste-se e prossiga a viagem.
Com o final do ano a aproximar-se, não deixo de expressar o nosso muito obrigado pelos agradecimentos que tenho recebido, vindo de vários quadrantes da sociedade.
  • Procurei melhorar os conhecimentos e criar atitudes positivas aos leitores.
  • Orgulhamo-nos da elevada taxa de aprovações que proporcionamos aos nossos alunos.
  • Alertei os candidatos a condutores . Eles hoje já sábem os sérios riscos que correm ao matricularem-se nas escolas de condução low-cost.
  • Resolvemos ao nosso balcão milhares de situações de condutores e veículos, para isso mantemo-nos abertos inclusivé à hora de almoço.
  • Ajudamos a criar muitas oportunidades de trabalho, nomeadamente, na formação de condutores de pesados e formação CAM.
Os tempos que se aproximam não vão ser fáceis. Vão haver alterações ao regime jurídico do ensino de condução, escolas de condução low-cost terão de encerrar, é a minha percepção.
As dificuldades financeiras do povo irão aumentar, austeridade doentia e a frieza tecnocrata assim o diz, mas nós cá estamos para continuar a ajudar-vos neste bem essencial da vida: a carta de condução.
A todos os leitores do jornal Cidade de Tomar, a todos os alunos, ex-alunos e amigos desejo um Feliz Natal e um melhor ano.
Não percam a esperança numa vida melhor.
Um abraço.
Amilcar Ferreira

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

COMBUSTÍVEIS DE MARCA BRANCA. MITOS E REALIDADES!


Numa altura em que milhões de portugueses têm à porta o maior saque fiscal que há memória, vem a DECO PROTESTE e depois de testar quatro combustíveis: Galp Gforce, Galp Hi-Energy, Jumbo e Intermarché dizer que é tudo igual ao litro!
A polémica é tão antiga quanto os próprios combustíveis de marca branca!
Pensem então comigo:
Tendo em conta que as marcas brancas compram o combustível (sem aditivos) às petrolíferas Galp, Repsol, BP, etc e se a tão falada aditivação é recente e aparentemente praticado apenas por algumas companhias e não em todas as gasolineiras, então podemos concluir que ao longo dos últimos anos estas companhias tem vindo a comercializar um produto que danifica as mecânicas dos automóveis? Claro que não!
De acordo com os construtores, automóvel GM, Toyota e Renault, todos referem não se opor à utilização dos combustíveis de marca branca desde que estes cumpram com as normas e padrões de qualidade impostos pela legislação em vigor, o que é o caso em Portugal!
Vamos à explicação técnica:
  • Para que haja uma boa performance do seu veículo em termos de consumo e potência é importante que os injetores estejam em bom estado de limpeza.
Será necessário algum aditivo constante? Claro que não!
Tem alguma garantia que os combustíveis que não são de marca branca têm esse aditivo? Claro que não!
Então que fazer? Deixo-vos ao vosso critério! Eu há muitos anos que utilizo combustíveis de marca branca e de quando em vez, mais ou menos 20.000 kms, adquiro uma embalagem de liquido “limpa injetores” e adiciono no depósito do combustível e assim ninguém me engana, porque tenho a certeza que adciono aquilo que muitos lhe querem chamar “aditivos”!
Quanto à saúde do motor do seu veículo, o aditivo ou não, não tem importância, mas sim uma boa qualidade de óleo e mudanças do mesmo óleo e filtro na quilometragem adequada.
É urgente criar um regulador para o setor que defenda os consumidores e fixar coimas realmente eficazes. Basta de alegações enganosas e práticas lesivas aos consumidores.
Deixo-vos um conselho final – pressões corretas nos pneus, não “puxar” muito as mudanças nem deixar “morrer” o motor do veículo e nada de excessos de velocidades, além de contribuir para a vossa segurança e dos outros, o consumo de combustível reduzirá de certeza!
Amilcar Ferreira

sábado, 10 de novembro de 2012

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DA ESTRADA E EXAMES DE CONDUÇÃO!


Com a entrada em vigor no dia 02/11/2012 do Decreto-Lei nº 138/2012, somos presentiados com mais alterações ao código da estrada bem como aos exames de condução.
Sentir-me-ía bem mais confortável se, finalmente, fossem introduzidas medidas de “fundo” que permitissem a diminuição da sinistralidade rodoviária bem como medidas que travassem o cada vez maior aparecimento de escolas de condução low-cost, que, pelo que se assiste, tanta maldade tem causado aos nossos jovens pela falta de informação se inscrevem nessas escolas de condução e depois acontece o que a sociedade tem assistido.
Deixo-vos as principais alterações ao código da estrada bem como aos exames de condução. Assim:
  • Os veículos de segurança prisional passam a ser equiparados aos veículos em serviço de urgência;
  • O transporte de passageiros em velocípedes passa a ser permitido;
  • O IMTT deixará de entregar títulos de condução aos condutores com coimas por pagar (entrega apenas uma guia de substituição);
  • Os condutores não podem possuir duas cartas de condução válidas emitidas por dois Estados-Membros da UE diferentes;
  • Os condutores com carta de condução da EU que fixem residência em Portugal passam a dispor de 60 dias para comunicar ao IMTT a sua residência;
  • A avaliação médica dos condutores de automóveis pesados deixa de ser obrigatória pelo Delegado de Saúde, passando a ser realizado por qualquer médico no exercicio da sua profissão;
  • Mantem-se a obrigatoriedade de exame psicotécnico para obter ou renovar a carta de condução de pesados. A avaliação psicológica é realizada por qualquer psicólogo no exercicio da sua profissão;
  • Os condutores com idade igual ou superior a 70 anos que pretendam renovar a carta de condução devem apresentar ao médico que os avaliar relatório do seu médico assistente com informação detalhada sobre os seus antecedentes clínicos;
  • A licença de condução de ciclomotor passa a tomar a designação de carta de condução da categoria AM;
  • Os titulares de carta de condução da categoria de automóveis ligeiros obtida há mais de 3 anos e com, pelo menos, 21 anos de idade podem conduzir pesados de mercadorias com peso bruto inferior a 4250kg (para fins de recreio e não podem transportar mercadorias, exceto as indispensáveis aquela utilização);
  • As licenças de condução de ciclomotores, motociclos de cilindrada não superior a 50cm3 e de veículos agrícolas emitidas por Câmaras Municipais mantêm-se em vigor, devendo ser trocadas por novos títulos, a emitir pelo IMTT, a requerimento dos interessados;
  • A inspeção a motociclos de cilindrada superior a 250cm3 ainda não é obrigatória, está pendente a mesma obrigatoriedade de uma portaria que calendarize as datas de inspeções;
  • Há alteração às datas das renovações das cartas de condução, mas só para aqueles que obtenham a carta de condução a partir de 02/11/2012;
Nas alterações aos exames de condução não há nada de muito relevante, saliento apenas que:
  • A prova teórica para obter a carta de condução de motociclos e ligeiros em conjunto passa a ser constituída por 40 questões. Esta prova tem a duração de 40 minutos e o candidato tem de acertar em, pelo menos, 36 perguntas para aprovar;
  • Deixa de ser exigido o bom estado de conservação do documento de identificação para exame, basta que permita a identificação do candidato;
  • Passa a ser possível o recurso a tradutor na prova teórica para todos os candidatos que não possuam conhecimentos suficientes da Língua Portuguesa, independentemente da sua nacionalidade;
  • Deixa de ser possível mudar de centro de exames quando o candidato muda de residência profissional;
  • O candidato a condutor poderá escolher o centro de exames onde pretende realizar a prova – centro público ou privado;
  • Na prova prática, o instrutor passa a ocupar o atrás do examinador;
  • O tempo gasto nas questões prévias à circulação, deixa de contar para efeitos da duração mínima da prova prática;
Deixo um alerta a todos os condutores para cada vez mais respeitarem o Código da Estrada, para além da vossa segurança e dos outros, as infrações são cada vez menos desculpabilizadas, consequência do saque a que todos nós nos vamos habituando.
Aos candidatos a condutores: não facilitem quer no ensino quer onde se inscrevem para tirar a carta de condução. As reprovações acontecem(e não são baratas) a todos os que não forem bem preparados para exame.
A todos os instrutores aconselho-vos a atualizarem-se e apostar na vossa formação para que prestem um ensino de qualidade.
Para mais algum esclarecimento contem connosco aos nossos balcões bem como para amilcar.julio@hotmail.com.
Conduzam com segurança!
Amilcar Ferreira
Diretor/Instrutor/Examinador Escola de ConduçãoEstrela do Nabão

sábado, 27 de outubro de 2012

O VEÍCULO E A INSPEÇÃO


As inspeções periódicas visam confirmar com regularidade a manutenção das boas condições de funcionamento e de segurança de todo o equipamento e das condições de segurança dos automóveis ligeiros, pesados, bem como reboques e semi-reboques de peso bruto superior a 3.500kgs.
O novo Decreto-Lei nº 144/2012 de 11 de Julho, vem alargar o universo de veículos a sujeitar a inspeção, passando a incluir os motociclos, triciclos e quadriciclos com cilindrada superior e 250cm3 bem como os reboques e semi-reboques com peso igual ou superior a 750 kgs. No entanto, a obrigatoriedade das inspeções periódicas para estes veículos, só se tornará efetava após publicação em Diário da República de uma portaria que aprove a respetiva calendarização, o que ainda não aconteceu.
Periocidade das Inspeções:
  • Automóveis Ligeiros de Passageiros – Quatro anos após a data da 1ª matrícula, depois de dois em dois anos até ao oitavo ano e posteriormente todos os anos;
  • Automóveis Pesados e Reboques com peso bruto superior a 3.500kgs utilizados por corporação de bombeiros e suas associações e outros que raramente utilizam a via pública, designadamente, os destinados a transporte de material de circo ou de feira, reconhecidos pela entidade competente – Um ano após a data da 1ª matrícula e posteriormente todos os anos;
  • Automóveis Pesados de Passageiros e de Mercadorias, automóveis utilizados no transporte escolar, automóveis ligeiros licenciados para a instrução e para o transporte público de passageiros (táxis), ambulâncias, reboques e semi-reboques com peso bruto superior a 3500 kgs – Um ano após a data da 1ª matricula, depois todos os anos até ao 7º ano, no oitavo ano e seguintes de 6 em 6 meses.
A comprovação da realização das inspeções é efetuada através da emissão pela entidade titular do centro de inspeção, da ficha de inspeção e vinheta por cada veículo inspeccionado. A referida vinheta deverá ser colocado no canto inferior direito do pára-brisas. Os veículos devem ir à inspeção nos 3 meses que antecedem a data da sua matrícula. Exemplo: um veículo matriculado a 26 de Abril, deverá ir à inspeção, entre 26 de Janeiro e 26 de Abril.
A responsabilidade pela apresentação do veiculo à inspeção compete ao proprietário, usufrutuário adquirente com reserva de propriedade, locatário financeira ou a qualquer outro seu legitimo possuidor, o apresentante deve exibir o certificado de matricula do veiculo ou documento equivalente e a ficha de inspeção (caso o veiculo já tenha sido submetido a inspeção), sem os quais a inspeção não pode ser efetuada.
As deficiencias encontradas nas observações e verificações dos pontos de controlo
obrigatórios são graduados em três tipos:
tipo 1, tipo 2, tipo 3.
Os veiculos são reprovados sempre que:
  • Se verifiquem mais de cinco deficiencias tipo 1
Se verificar uma ou mais deficiencias de tipo 2 ou 3
  • Não seja efetuada a correção da deficiencia ou deficiências anteriormente anotadas, salvo as relativas ao livrete.
Se o responsável pela apresentação do veiculo, não se conformar com o resultado da inspeção, pode apresentar reclamação, devidamente fundamentada, que entrega no centro de inspeções após a reprovação e antes da saída do veiculo do centro,
para esse efeito, em cada centro de inspeções deve existir um livro de reclamações.
A entidade autorizada deve remeter a reclamação, acompanhada de cópia do relatório e da ficha de inspeção e no prazo de vinte e quatro horas, à direção de serviços de viação da área onde se localiza o centro.
No prazo de vinte cinco dias após a receção da reclamação, deve o diretor dos serviços competentes proferir decisão, a qual deve ser comunicada, de imediato, ao reclamante e à autoridade autorizada respetiva.
Apesar do negro económico que nos assalta, não conduza o veiculo sem inspeção atualizada, além da coima de 250 euros a 1250 euros e apreensão dos documentos do veiculo a seguradora poderá não se responsabilizar em caso de acidente.
Citando L.Tolstoi “ O futuro não existe, realmente. Ele é criado por nós, no presente.”
Amilcar Ferreira

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

COMO TIRAR A CARTA DE CONDUÇÃO SEM REPROVAR!


Minhas primeiras palavras são de agradecimento pelos expressivos elogios que tenho recebido, quer pelas crónicas quer pelo trabalho na formação rodoviária com os magníficos resultados em termos de segurança e aprovações que temos presentiado os nossos alunos. Divido os elogios à digna e talentosa equipa de profissionais que me acompanha neste trabalho árduo.
Portugal atravessa uma crise económica, uma crise de valores. As mudanças não são apenas constantes, são rápidas, são profundas, são marcantes e são desafiadoras. Todas as instituições de ensino automóvel não poderão regatar esforços no sentido de dar à sociedade a resposta que ela espera. Uma resposta necessariamente rápida, efetiva, eficaz.
Hoje, a Carta de Condução tornou-se um bem de primeirissima necessidade, para além de promover a autonomia e a mobilidade, o “arranjar” trabalho está muitas vezes condicionado a este pertinente título.
Fruto de políticas desastrosas daquelas que continuam a viver principescamente, milhares de pessoas enfrentam dificuldades económicas que não lhes permite “andar” a reprovar em exames de condução, com todas as consequências económicas e de auto-estima que ficarão envolvidas. É com grande preocupação que assisto a taxas de reprovação elevadíssimas em algumas escolas de condução, resultantes da negligência e da impreparação de muitos instrutores.
O mundo mudou, a complexidade da condução e do trânsito aumentou, a exigência e a durabilidade do tempo de condução em exame nada têm a ver com o que acontecia há 20 ou 30 anos! Só pessoas preparadas, formadas, com sentido de responsabilidade, poderão ter êxito no primeiro exame.
Deixo-vos alguns conselhos, algumas técnicas que vos poderão ser muito úteis para uma performance de excelência. Assim:
  • Fazer testes e mais testes, uns atrás dos outros é útil, mas pode não ser suficiente. O aluno não se deve deixar mecanizar pelos testes que faz como treino. Quando isso ocorre, acaba por ler pouco o livro de código. Ao automatizar os testes, o candidato não interioriza verdadeiramente o conhecimento. Os alunos devem aproveitar as aulas e estudar. Os alunos na ânsia de quererem começar as aulas de condução tendem a despachar o mais depressa possível as 28 aulas mínimas de código e não frequentam mais aulas. Um erro que pode comprometer a aprovação no exame teórico, tanto mais que, no caso das aulas de código, as escolas de condução não cobram qualquer preço adicional pelo número de aulas que o aluno assistir a mais;
  • Um aspeto muito importante em quem dá os primeiros passos na aprendizagem da condução tem a ver com o tipo de instrutores que têm. É muito importante que nas primeiras aulas sejam transmitidos todos os conhecimentos e treinando todos os básicos automatismos sensório-motores, com o decorrer das aulas o aluno cria a sua autonomia, de forma que quando for a exame não necessite de ajuda. Lembre-se que muita da segurança ou insegurança que poderá ter em exame de condução, poderá advir do modo como os instrutores souberam criar-lhe autonomia para uma condução segura. Não admita que, exceto em situações de perigo, o instrutor nas últimas aulas “mexa” nos pedais;
  • Aprender a conduzir passa por conduzir em auto-estradas ou vias equiparadas. Se vir que o seu instrutor não tem o hábito de o levar para auto-estradas faça esse reparo. Entrar ou sair nessas vias é complexo e tem de ser bem trabalhado;
  • Saber conduzir pressupõe perceber para que servem e quando devem ser utlizados os vários comandos do veículo e implica dominar o veículo, ou seja, se quer passar no exame tem mesmo de saber manuseá-lo, até porque tudo lhe pode ser pedido para realizar no dia do exame (estacionamento, inversão de sentido de marcha, marcha-atrás). Se verifica que não domina alguma manobra peça ao instrutor para insistir nessa situação. Não guarde as dúvidas para si!;
  • As reprovações em exame de condução acontecem em alunos que não estão devidamente preparados, mas, também, ocorrem reprovações em candidatos que, por se sentirem já quase condutores, tendem e adotar uma postura de facilidade;
  • Mil olhos nas rotundas. A circulação em rotunda deve merecer uma atenção muito particular, isto porque qualquer falha que ocorra numa rotunda representa reprovação. Três exemplos de falhas fatais ao circular numa rotunda que deve treinar e ter presente: ligar tardiamente o pisca, posicionar-se mal na rotunda em função da saída que lhe interessa, não olhar para os espelhos e virar a cabeça para avaliar o posicionamento dos demais veículos;
  • Insista e treine a condução defensiva. Recolha a informação com antecedência de forma a tomar a melhor decisão em tempo útil, não se deixe surpreender nem seja surpreendido. Muitas reprovações acontecem pelo candidato não ver ou ver tarde! Portanto, a visão e a atenção sempre presentes;
  • Esqueça o mito em que o examinador poderá mandar para um sentido proibido. É mentira, não é possível!;
  • Domine bem a embraiagem para não correr o risco de subir algum passeio em alguma manobra;
  • Alheie-se nas aulas de condução de conversas que não interessam para o ensino de condução. Há instrutores que têm por hábito contar anedotas e isso apenas serve para desconcentrar do essencial. Trabalhe nas aulas e festeje depois na aprovação!
Lembre-se que não existe sorte ou azar, há um trabalho bem feito e isso sim o levará ao êxito!

Amilcar Ferreira
Diretor/Instrutor/Examinador

sábado, 22 de setembro de 2012

A CARTA DE CONDUÇÃO E SUA VALIDADE


Milhares de pessoas estão a conduzir sem carta de condução em todo o país sem o saberem. Isto porque, em Janeiro de 2008, entrou em vigor uma legislação que alterou as idades em que é obrigatória a renovação da carta de condução, tendo perdido valor a data de validade que consta no próprio documento. Quem completou 50 ou 60 anos a partir de 2008 tinha que renovar a Carta de Condução de Ligeiros ou Motociclos, antes desse aniversário, quando anteriormente só necessitavam de fazê-lo aos 65 anos.
Muitos, desconhecendo a mudança, deixaram passar o período de dois anos para revalidar a carta sem necessidade de fazer um novo exame de condução, o que significa que, para efeitos legais, estão a cometer o crime de conduzir sem habilitação legal. Por isso, quando são “apanhados”, são detidos e notificados para se apresentarem em tribunal, incorrendo numa pena de prisão ou multa. São milhares de pessoas que desconhecem por completo esta realidade e, por isso, continuam a conduzir sem estarem habilitadas.
Quando tem um acidente ou são “apanhados” numa operação policial aí são confrontados com esta triste realidade. Ao balcão da nossa Escola deparamo-nos e resolvemos diáriamente inúmeros casos destes.
Não deixa de ser incómodo a qualquer pessoa a constituição de arguido e ser julgado por condução sem habilitação, mas muito mais grave será, em caso de acidente, com culpa, a seguradora poderá não se responsabilizar pelos danos causados a terceiros, invocando, a mesma seguradora, a figura juridica “direito de regresso de companhia de seguros” para não pagar!
Vivemos num país onde a maioria dos projetos de lei são engenharias de gabinete sem o minímo de consistência prática e legislados por garotos sem nenhuma experiência nos setores que tutelam e então há que alterar a lei sem avisar os titulares dos titulos de condução e depois dá nisto.
Se alguém verificar que tem a sua carta caducada não entre em pânico, cá estamos para vos ajudar.
Do ponto de vista juridico e técnico-juridico o arguido poderá fundamentar na sua defesa, no erro sobre ilicitude em que o agente conhece o circunstancionalismo fático em que atua, mas não representa o caráter ilicito da sua conduta. Pratica um ato ilicito, convencido de que é licito, ou seja, uma vez inequivocamente provado que o arguido conduziu sem ter conhecimento da caducidade da sua carta de condução e consequente sua inabilitação para conduzir, a exclusão da sua punição poderá não se configurar intoleravelmente chocante.
A carta de condução deve ser revalidada nos seis meses que antecedem as seguintes idades:
  • Categoria de Automóveis Ligeiros, Motociclos e Ciclomotores – 50, 60, 65, 70 e de 2 em 2 anos;
  • Categoria de Pesados de Mercadorias ou Reboques – 40, 45, 50, 55, 60, 65, 68 e de 2 em 2 anos;
  • Categoria de Pesados de Passageiros – 40, 45, 50, 55, 60 anos. Esta categoria caduca aos 65 anos.
Para renovar as categorias de pesados é necessário efetuar exame psicotécnico.
Não se esqueçam, também, sempre que mudem de residência, têm que renovar a carta de condução no prazo de 30 dias.
Conduzam com segurança!

Amilcar Ferreira
Diretor/Instrutor

sábado, 8 de setembro de 2012

COMO DIMINUIR O CONSUMO DE COMBUSTÍVEL


Em 1885, Karl Benz constrói o primeiro veículo automóvel na cidade alemã de Manhein. O veículo inventado por Benz possui um motor de um cilindro com sistema de ignição eléctrica e atinge a velocidade de 16 km/h.
O primeiro automóvel chega a Portugal em 1895. É um veículo de marca Panhard, importado de Paris pelo IV Conde de Avilez.
Na Alfândega de Lisboa, surge a dúvida sobre a taxa aduaneira a aplicar a tão estranho artefato. Seria uma máquina agrícola ou uma locomobile “máquina movida a vapor?”. Adopta-se esta última definição.
As preocupações ambientais e de qualidade de vida reformula-se nos anos 90, cada vez mais, os construtores de automóveis preocupam-se com o consumo. E teremos, também, nós de nos preocupar com o consumo do combustível para amenizar o negro económico que nos assalta. Assim:
  • Uma das formas mais fáceis e eficientes de poupar combustível é reduzir a velocidade. À medida que a velocidade do automóvel aumenta, o consumo do combustível também aumenta. Por exemplo, um aumento da velocidade de 40 Km/h para 80 Km/h quase que duplica o consumo de combustível. No entanto, a velocidade demasiado alta ou a velocidade demasiado baixa pode originar uma elevada taxa de consumo de combustível. A economia ideal situa-se entre os 50 Km/h e os 70 Km/h;
  • Altere o seu estilo de condução, acelere gradualmente e efetue uma passagem suave das mudanças. Antecipe as paragens para evitar travagens de surpresa. A condução agressiva, nomeadamente em termos de acelarador e travagens bruscas podem utilizar 20% mais de combustível do que uma condução suave;
  • Utilize a mudança mais alta possível, os automóveis são fabricados para arrancar na mudança mais baixa possível, mas a uma determinada velocidade, desde que seja seguro, mude sempre para uma mudança mais alta;
  • O ar condicionado é um esforço extra para o motor do automóvel. A não utilização do ar condicionado pode poupar até 3% de combustível. Considere desligar o ar condicionado quando a temperatura exterior o permitir;
  • Efetue uma manutenção regular do seu automóvel para garantir o melhor desempenho possível. Velas de ignição sujas, filtro de ar obstruido ou filtro de combustível colmatado afetam negativamente a economia de combustível. Também necessita de mudar regularmente o óleo do motor para manter a melhor eficiência no consumo. Um motor com a manutenção correta, pode melhorar a economia de combustível em 4%;
  • Mantenha os pneus com a pressão correta, pneus com a pressão inferior aumentam a resistência ao solo, exigindo mais energia, o que produz maior consumo de combustível. Com o tempo, os pneus montados na jante perdem ar e por isso é necessário verificar regularmente a pressão do ar e garantir a pressão correta indicada pelo fabricante do automóvel. Mantendo os pneus com a pressão correta, pode poupar até 5% de combustível;
  • Mantenha as janelas fechadas. As janelas e tejadilhos abertos originam uma força aerodinâmica que abranda o automóvel. Para manter a mesma velocidade é necessário mais energia, o que aumenta o consumo de combustível.
Em situação nenhuma, nas descidas coloque o automóvel em ponto morto, para além do automóvel continuar a gastar combustível, a segurança fica sériamente comprometida.
Economize combustível em segurança!

Amilcar Ferreira
Diretor/Instrutor

sábado, 11 de agosto de 2012

MANOBRAS PERIGOSAS EM ALGUMAS ESCOLAS DE CONDUÇÃO


Tenho a honra de ser o Diretor numa das Escolas de Condução, que é referência no distrito.
Estou nesta atividade há mais de vinte anos, formado como Diretor, Examinador e Instrutor, em todas as modalidades e categorias do Ensino de Condução.
Assisto com crescente preocupação que há em algumas escolas de condução indicíos de ilicitude, low-cost na formação rodoviária, instrutores detidos, cartas de condução recolhidas e escolas de condução a encerrar depois de cativar alunos com preços enganosos, com sérios e graves problemas a quem a “quente” lá se inscreveu!
Com a alteração à lei, as escolas de condução surgem como “cogumelos” com instrutores impreparados e estagiários “saídos” de cursos em teste multimédia e que incompreensivelmente a tutela até lhes abuliu o exame oral e para agravar todas as consequências vê-se por aí publicidade agressiva, enganosa, como se alguém acreditasse que “tira” a carta de condução num processo legal e transparente por 200 ou 350 Euros, onde 23% será IVA.
Participei no passado mês de Fevereiro no grande Seminário de reflexão e debate sobre a grave crise moral que atravessa este setor, onde particou, também, o Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Dr. Sérgio Silva Monteiro, que tutela o IMTT; dos Senhores Deputados da Assembleia da República, Engª Carina Oliveira, Deputada do Grupo Parlamentar do PSD e Dr. João Viegas, Deputado do Grupo Parlamentar do CDS; do Presidente do Conselho Diretivo do IMTT, Engº Carlos Correia, para além de muitas outras personalidades. Não deixa de ser relevante que nesse mesmo Seminário o Dr. Paulo Reis, Economista, salientasse o valor médio de uma Carta de Condução de 790.83 Euros, dando o aluno as aulas minímas obrigatórias e aprovando no primeiro exame.
Tirar” a Carta de Condução é das coisas mais importantes da vida e nunca será igual aqui ou ali. Afinal estamos a falar de formação rodoviária! A corrupção há muito está instalada em vários setores da sociedade e a crise não deveria ser álibi para a potenciar, mas pelos vistos é!
À partida nunca se poderá saber qual o custo final da formação e exames para obter a Carta de Condução. O aluno poderá aprovar no primeiro exame ou não ou até poderá necessitar de aulas além do minímo obrigatório. A formação não é estanque e o custo final só poderá ser contabilizado no fim.
Assisto com grande estupefação a alunos que “sem pensar” inscreveram-se em escolas de condução low-cost, pensando que iriam pagar 300 ou 400 Euros e depois reprovam 4 e 5 vezes e acabam por pagar mais de mil euros. Na vida ninguém dá nada a ninguém, pensem comigo se a esmola é grande o pobre desconfia!
É com grande desconforto que tenho assistido a alunos em pânico que se inscreveram em escolas low-cost e não lhes dão as aulas minímas obrigatórias e adequadas para uma condução segura, dizendo os donos dessas mesmas escolas: “queres aulas com estes preços? Aqui não é a Santa Casa da Misericórdia!”. Deixo um alerta à Super-Visão do IMTT e ao Sr. Procurador Geral da República que investiguem o que se passa em algumas escolas de condução.
Acordem pais, encarregados de educação, candidatos a condutores para que antes de se inscreverem em escolas de condução reflitam bem onde se vão “meter”.
No país há profissionais competentes, mas como em todas as atividades há pessoas armadas em “chicos espertos” que só pensavam em sacanear o próximo.
Tenham atenção ao seguinte:
  • Na formação de automóveis ligeiros, toda a Escola de Condução é obrigada a ministrar 28 aulas de 50 minutos de código e 32 aulas de 50 minutos de condução como mínimo. Mas para além do mínimo as Escolas de Condução são obrigadas a ministrar as aulas suficientes para uma condução segura. Ouvem-se relatos de candidatos que foram propostos a exame com 6 ou 7 aulas e reprovaram imensas vezes!
  • Os alunos poderão escolher onde fazer o exame; Centro de Exames Público ou Privado. Percepciono que existem escolas de condução a impôr um só sitio para a realização do exame.
  • Toda a Escola de Condução tem que ter um Diretor ao serviço do ensino. Verifica-se que há escolas de condução onde o Diretor tem outra profissão.
  • Na formação prática, 40 a 50% das aulas devem ser ministradas em Auto-Estradas ou vias equiparadas. Não tenho dúvidas que para economizar combustível, muitas escolas de condução não ministram aulas nas mencionadas vias.
Nunca se esqueça que não é a Carta de Condução que conduz o veículo, mas sim o condutor com atitudes positivas e comportamentos adequados a cada situação de trânsito. Deixo um alerta a todos os pais que muito além de oferecerem uma Carta de Condução que não passa de um simples “cartão”, ofereçam uma formação de qualidade onde não correm o risco de perder o vosso filho num acidente de viação, que seria uma dor incurável!
Citando John L. Beckley: “A maioria das pessoas não faz planos para fracassar, mas fracassa se não fizer planos”.

Amilcar Ferreira
Diretor/Instrutor

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O MITO E A LEI


Muitas vezes criam-se hábitos, automatismos que embora se pense ser o correto não está de acordo com a lei. Assim:
Placas, Postes e Dispositivos Semelhantes
Antes de Fevereiro de 2005, as placas triangulares podiam ser contornadas pela esquerda ou pela direita. Agora não! Hoje não importa a forma da placa, de acordo com a Lei, o condutor deve dar sempre a esquerda às placas, postes ou outros dispositivos colocados na faixa de rodagem, exceto nas seguintes situações:
  • Se transitar numa via de sentido único;
  • Se a placa não estiver colocada no eixo da faixa de rodagem;
  • Se houver sinalização que obrigue a outra forma de proceder.
Alerto para o fato de “dar a esquerda” à placa é a mesma coisa que contorna-la pela direita! A infração à mencionada regra, além de ser punida com coima de 60 Euros a 300 Euros e inibição de conduzir de 1 mês a 1 ano, poderá causar graves acidentes rodoviários.
Linha Transversal Contínua Com Símbolo STOP no Pavimento
Muitas vezes os condutores deparam-se com uma linha transversal contínua no pavimento com o símbolo STOP, mas sem o sinal vertical STOP. Atenção que não havendo o sinal vertical STOP, o símbolo escrito no pavimento não tem qualquer validade, já que de acordo com a Lei, a referida linha transversal contínua indica o local de paragem obrigatória, quando a paragem seja imposta por sinalização vertical!
Atenção que muitas vezes poderão supor que têm prioridade e afinal não. Portanto:
  • Sinal de STOP, apenas o sinal vertical tem validade!
Praças, Rotundas”! Diferenças?
Há quem pense que praças e rotundas são a mesma coisa, então vejamos:
De acordo com a Lei, rotunda e para ser rotunda tem de estar sinalizada como tal, ou seja, tem de ter o sinal de rotunda e a prioridade é de todos os veículos que dentro dela circulam!
Não existindo sinal de rotunda é uma praça e então respeitar-se-á a regra geral da prioridade, sinal de STOP ou sinal de cedência de passagem se houver!
Seja em que situação for a prioridade não é um direito absoluto! Pratique condução defensiva, de modo que não surpreenda ninguém, nem se deixe surpreender!

Amilcar Ferreira
Diretor/Instrutor

sábado, 7 de julho de 2012

O TELEMÓVEL E A CONDUÇÃO


O Telemóvel, uma das maiores invenções do Século XX. O seu inventor foi Martin Cooper. A sua primeira chamada foi feita no dia 3 de Abril de 1973, em Manhattan, em que muitos nova-iorquinos pararam boquiabertos porque viram um tipo a falar ao telemóvel na rua. Foi um momento que acabava de mudar a vida de milhões de cidadãos em todo o mundo. Estes equipamentos, tornaram-se parte do nossso quotidiano, hoje em dia é dificil vivermos sem eles, mas não os devemos utilizar enquanto conduzimos.
Telefonar e conduzir ao mesmo tempo implica uma “carga mental” que prejudica a realização segura da tarefa da condução. Concretamente, o nosso cérebro não pode prestar a atenção necessária a duas tarefas diferentes realizadas simultaneamente. Telefonar é uma atividade cognitiva que requer a atenção do condutor, que fica, em situação de condução, confrontado com uma dupla tarefa e quanto mais complexa for a situação de trânsito, mais a comunicação telefónica interfere no bom desempenho do condutor.
Vejamos as principais consequências que essa duplicação de actividades pode originar:
  • Diminuição da capacidade de vigilância do condutor e dispersão de atenção;
  • Aumenta 4 vezes a probabilidade de acidente. Esta probabilidade aumenta para 6 vezes durante os 5 primeiros minutos de conversação;
  • Aumenta em cerca de 50% do tempo de reação, levando, assim, o condutor mais tempo a atuar perante uma dada situação de trânsito;
  • Dificuldade de descodificação dos sinais e da sua memorização;
  • Desrespeito da regra de cedência de passagem nos cruzamentos e entroncamentos;
  • Má avaliação da velocidade. A maior parte dos condutores julga que reduz a velocidade;
  • Tendência para não parar nas passagens de peões a fim de lhes permitir atravessar a faixa de rodagem com mais segurança;
  • Aumento do stress provocado pela situação de atendimento ou marcação de chamada telefónica, stress esse que pode ser acrescido pelo teor da conversa.

Há que ter presente que todos estes efeitos são agravados por uma elevada intensidade do tráfego, pelas más condições meteorológicas, pela complexidade das situações de trânsito e pela atenção requerida pela conversação. Facilmente se pode concluir que embora o uso de um “Kit mãos livres” permitindo manter as 2 mãos no volante, já reduz alguns riscos, não resolve todos os problemas. O condutor deve ter presente todos os outros fatores de risco e evitar o telemóvel, durante o ato de condução. Se receber ou necessitar de fazer uma chamada telefónica ou envio e leitura de SMS deve parar em local apropriado e só então utilizar o telemóvel.
Atenção que os efeitos no condutor aquando da manutenção de uma conversa ao telefone enquanto está a conduzir, podem ser comparados aos efeitos decorrentes de uma condução sob influência do álcool. Há que acrescer, ainda, o perigo de eventuais danos que os telemóveis podem causar no sistema elétrico do veículo, hoje em dia, já possuem inúmeros elementos electrónicos.
De acordo com o Código da Estrada, durante a marcha do veículo apenas se permite a utilização de aparelhos dotados de um auricular ou de microfone, com sistema alta voz, não podendo nenhum destes aparelhos implicar manuseamento continuado, caso contrário, infringe o Código da Estrada.
Sobre este assunto, entendo que não pode usar um aparelho que se encontre dotado de dois auriculares, isto porque a Lei é clara ao referir que apenas são permitidos “aparelhos dotados de um auricular”. O condutor que infringa a Lei, incorre no pagamento de uma coima de 120€ a 600€ e, ainda, na sanção acessória de inibição de conduzir de um mês a um ano.
Deixo, ainda, um último considerando:
Ainda que a utilização do telemóvel se faça dentro dos limites da Lei, em situação alguma o utilize enquanto conduz! A vida é única, preserve-a!

Citando L. Tolstói: “O futuro não existe realmente, ele é criado por nós no presente”.

Amilcar Ferreira

quinta-feira, 14 de junho de 2012

GESTOS QUE SALVAM!


Saiba como proceder se presenciar ou for vitima de um acidente de viação. Do seu comportamento depende a sua segurança e a de outras pessoas.
Após ter ocorrido um acidente de viação deverá proceder do seguinte modo:
  • Vestir o colete refletor e sinalizar o acidente, colocando o triangulo de pré-sinalização de perigo no mínimo a 30 metros e, se possível, ligar os quatro piscas, evitando o aumento de gravidade do acidente ou a possibilidade de ocorrência de outros acidentes.
  • Faça ou peça a alguém para fazer sinal aos outros condutores para que reduzam a velocidade ao aproximar-se do local do acidente.
  • Ligue 112 ou utilize os postes avisadores S.O.S
  • Nunca parta do princípio que alguém já o fez.
  • Estacione em segurança antes de telefonar.
  • Indique o local exato do acidente e o sentido em caso da via ter separador.
  • Número e idade aproximada das vítimas.
  • Estado aparente das vítimas e se alguma está encarcerada.
  • Se há situações de perigo (incêndio, derrame de óleo, estrada bloqueada, etc).
  • Número de veículos envolvidos.
  • Tipo de veículo (ligeiros, pesados, motociclos, matérias perigosas).
  • Em caso de acidente com transporte de matérias perigosas não se aproxime do local e tente evitar que outros o façam.
  • Se possível identifique o nome da empresa e os números inscritos no painel laranja.
  • Não fume nem permita que alguém faça lume. Pode haver incêndio ou explosão devido a combustível derramado.
  • Desligue o motor dos veículos acidentados.
  • Imobilize os veículos sinistrados com o travão de mão. Se possível, coloque calços ou pedras nas rodas.
  • Cubra com terra as manchas de combustível ou óleo derramado.
  • Se houver incêndio use um extintor ou terra para o apagar.
  • Se houver vítimas tente agir com rapidez, mas se não tiver preparação não lhes mexa. Os primeiros socorros mal prestados podem ocasionar lesões graves ou agravar as existentes.
  • Só numa situação de incêndio deve tentar retirar uma pessoa encarcerada, caso contrário não o faça.
  • Não retire o capacete a um motociclista acidentado.
  • Não lhes dê comer ou beber.
  • Fale com as vítimas e reconforte-as, se possível.
  • Em caso de vítimas tente afastar-se do local para que as pessoas adequadas possam fazer o seu trabalho em segurança.
  • Evite comentar o estado das vítimas, elas poderão estar conscientes ficando, assim, mais debilitadas.
  • Seja em que situação for, mantenha a calma e seja cortês. Lembre-se que “hoje será olheiro amanhã poderá ser vítima”.
Conduza com segurança de forma que esta minha crónica “não seja necessária”!

Amilcar Ferreira

quinta-feira, 17 de maio de 2012

ÁLCOOL E CONDUÇÃO


A ingestão não moderada de álcool acarreta graves consequências, nomeadamente ao nível dos inúmeros acidentes de viação.
Portugal é o país da UE com a taxa mais elevada de mortalidade rodoviária. Numa perspetiva mundial, o número de mortes por acidente de viação é mais elevado do que o tumor maligno mais frequente (cancro do pulmão).
É hoje consensual e nesse sentido o consagra, também, a Orgnização Mundial de Saúde (OMS), ser o álcoolismo um dos principais e dos mais graves problemas de saúde que a Europa enfrenta.
Devido ao efeito que provocam em grande parte dos consumidores, as bebidas álcoolicas muitas
vezes tidas como estimulantes que ativam os processos fisicos e mentais. Mas a realidade é bem diferente: o álcool é, de facto,um depressor que prejudica as capacidades psicofisiológicas mesmo se ingerido em pequenas doses. O condutor sob efeito do álcool e em caso de acidente está mais exposto à morte.
Após a ingestão de algumas doses de álcool, o indíviduo inicia a condução do seu veículo e surge “ o sindrome do maior piloto de corridas”. Ao afetar o Sistema Nervoso Central, o álcool provoca efeitos que prejudicam a condução. Nomeadamente: euforia, capacidade de atênção e concentração ficam diminuidas, redução da acuidade visual, aumento do tempo de recuperação após o encandeamento, incapacidade de avaliar corretamente distâncias e velocidades, aumento do tempo de reação e consequentemente a distância de paragem do veiculo, travagens bruscas desnecessárias, grandes golpes de volante, manobras feitas com o recurso ao acelarador e outros comportamentos desajustados a uma condução segura. Atenção aos estados emocionais; os problemas mesmo que pequenos poderão levar a estados de agressividade, frustração, depressão ou outros que se transferem para a condução, contendo riscos inerentes.
Não esquecer que, taxas de álcool elevadas, poderão levar ao coma e à morte.
Álcool e medicamentos – interação perigosa
Combinados com o álcool, os efeitos desfavoráveis de certos medicamnetos sobre as capacidades percetivas, de concentração e de reação são multiplicados. Da mesma forma os efeitos dos medicamentos podem potenciar os efeitos nocivos do álcool. A conjugação álcool + medicamentos + condução aumenta consideravelmente o risco de sofrer um acidente de viação.
O código da estrada proibe que qualquer indíviduo conduza com uma taxa de álcool igual ou superior a 0,5g/l, mas isto não significa que alcoolémias inferiores a esta taxa sejam inofensivas. Se vai conduzir deve evitar ingerir qualquer quantidade de alcool.
Uma taxa de álcool 0.5 g/l e até 0.79 g/l é considerada uma contra-ordenação grave, punida com coima e inibição de conduzir de 1 mês a 1 ano. Uma taxa de alcool 0,8 g/l e até 1,19 g/l é considerada contra-ordenação muito grave, punida com coima e inibição de conduzir de 2 meses a 2 anos. Uma taxa de álcool 1,2 g/l ou mais, é considerado crime, punido com prisão até um ano ou multa até 120 dias e inibição de conduzir de 3 meses a 3 anos.
Salientar também, que, embora haja diversas teses e posições jurisprudenciais, poderá haver direito de regresso da seguradora contra o condutor por ter agido sob influência do álcool. A fiscalização da condução sob influência do álcool é obrigatória em caso de acidente. Este controlo pode também ser feito de forma aleatória, em operações policiais de fiscalização, onde são utilizados álcoolimetros quantitativos, os quais, determinam a taxa de álcool no ar expirado e a convertem automaticamente em taxa de álcool no sangue.

Se conduzir não ingira bebidas álcoolicas, “faça da sua chegada uma festa”. Citando L. Tolstoi o futuro não existe realmente. Ele é criado por nós no presente”.

Amilcar Ferreira
Instrutor e Diretor do Escola de Condução Estrela do Nabão

Crónicas no Jornal "Cidade de Tomar"

Quinzenalmente o nosso Diretor, Amilcar Ferreira, publica no jornal "Cidade de Tomar" a crónica "Condução Segura". Trata-se de um espaço em que o nosso Diretor vai deixar vários conselhos aos Tomarenses sobre como conduzir de forma segura, defendendo sempre a prática de uma condução defensiva, como o próprio aconselha: "Não surpreender, nem ser surpreendido!"
Para que não percam nada e para que possam, também, usufruir dos conselhos de um profissional com mais de 20 anos de experiência, passamos a publicar, também, aqui no nosso blogue todas as crónicas publicadas.
Estrela do Nabão
"Agarra a tua Independência!"

quarta-feira, 14 de março de 2012

PROMOÇÃO DIA DO PAI!

PROMOÇÃO DIA DO PAI!


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Para Que o Teu Pai Conduza Com Segurança, Não Surpreenda Nem Seja Surpreendido!