quinta-feira, 17 de maio de 2012

ÁLCOOL E CONDUÇÃO


A ingestão não moderada de álcool acarreta graves consequências, nomeadamente ao nível dos inúmeros acidentes de viação.
Portugal é o país da UE com a taxa mais elevada de mortalidade rodoviária. Numa perspetiva mundial, o número de mortes por acidente de viação é mais elevado do que o tumor maligno mais frequente (cancro do pulmão).
É hoje consensual e nesse sentido o consagra, também, a Orgnização Mundial de Saúde (OMS), ser o álcoolismo um dos principais e dos mais graves problemas de saúde que a Europa enfrenta.
Devido ao efeito que provocam em grande parte dos consumidores, as bebidas álcoolicas muitas
vezes tidas como estimulantes que ativam os processos fisicos e mentais. Mas a realidade é bem diferente: o álcool é, de facto,um depressor que prejudica as capacidades psicofisiológicas mesmo se ingerido em pequenas doses. O condutor sob efeito do álcool e em caso de acidente está mais exposto à morte.
Após a ingestão de algumas doses de álcool, o indíviduo inicia a condução do seu veículo e surge “ o sindrome do maior piloto de corridas”. Ao afetar o Sistema Nervoso Central, o álcool provoca efeitos que prejudicam a condução. Nomeadamente: euforia, capacidade de atênção e concentração ficam diminuidas, redução da acuidade visual, aumento do tempo de recuperação após o encandeamento, incapacidade de avaliar corretamente distâncias e velocidades, aumento do tempo de reação e consequentemente a distância de paragem do veiculo, travagens bruscas desnecessárias, grandes golpes de volante, manobras feitas com o recurso ao acelarador e outros comportamentos desajustados a uma condução segura. Atenção aos estados emocionais; os problemas mesmo que pequenos poderão levar a estados de agressividade, frustração, depressão ou outros que se transferem para a condução, contendo riscos inerentes.
Não esquecer que, taxas de álcool elevadas, poderão levar ao coma e à morte.
Álcool e medicamentos – interação perigosa
Combinados com o álcool, os efeitos desfavoráveis de certos medicamnetos sobre as capacidades percetivas, de concentração e de reação são multiplicados. Da mesma forma os efeitos dos medicamentos podem potenciar os efeitos nocivos do álcool. A conjugação álcool + medicamentos + condução aumenta consideravelmente o risco de sofrer um acidente de viação.
O código da estrada proibe que qualquer indíviduo conduza com uma taxa de álcool igual ou superior a 0,5g/l, mas isto não significa que alcoolémias inferiores a esta taxa sejam inofensivas. Se vai conduzir deve evitar ingerir qualquer quantidade de alcool.
Uma taxa de álcool 0.5 g/l e até 0.79 g/l é considerada uma contra-ordenação grave, punida com coima e inibição de conduzir de 1 mês a 1 ano. Uma taxa de alcool 0,8 g/l e até 1,19 g/l é considerada contra-ordenação muito grave, punida com coima e inibição de conduzir de 2 meses a 2 anos. Uma taxa de álcool 1,2 g/l ou mais, é considerado crime, punido com prisão até um ano ou multa até 120 dias e inibição de conduzir de 3 meses a 3 anos.
Salientar também, que, embora haja diversas teses e posições jurisprudenciais, poderá haver direito de regresso da seguradora contra o condutor por ter agido sob influência do álcool. A fiscalização da condução sob influência do álcool é obrigatória em caso de acidente. Este controlo pode também ser feito de forma aleatória, em operações policiais de fiscalização, onde são utilizados álcoolimetros quantitativos, os quais, determinam a taxa de álcool no ar expirado e a convertem automaticamente em taxa de álcool no sangue.

Se conduzir não ingira bebidas álcoolicas, “faça da sua chegada uma festa”. Citando L. Tolstoi o futuro não existe realmente. Ele é criado por nós no presente”.

Amilcar Ferreira
Instrutor e Diretor do Escola de Condução Estrela do Nabão

Crónicas no Jornal "Cidade de Tomar"

Quinzenalmente o nosso Diretor, Amilcar Ferreira, publica no jornal "Cidade de Tomar" a crónica "Condução Segura". Trata-se de um espaço em que o nosso Diretor vai deixar vários conselhos aos Tomarenses sobre como conduzir de forma segura, defendendo sempre a prática de uma condução defensiva, como o próprio aconselha: "Não surpreender, nem ser surpreendido!"
Para que não percam nada e para que possam, também, usufruir dos conselhos de um profissional com mais de 20 anos de experiência, passamos a publicar, também, aqui no nosso blogue todas as crónicas publicadas.
Estrela do Nabão
"Agarra a tua Independência!"