A
alimentação tem sido ao longo da história uma
constante nas preocupações do homem. O desenvolvimento
das civilizações tem estado intimamente ligado à
forma como nos alimentamos.
Preocupa-me
não saber quantos portugueses mais irão passar fome.
Muitos deles já velhotes e muitos, também, ainda
crianças e jovens. Preocupa-me o flagelo social que se está
a abater sobre o país, vítima de políticas
criminosas nos últimos trinta anos. Preocupa-me saber que a
nossa classe política não presta e está
subjugada, esmagada, pelos interesses de uns quantos grupos
económicos e financeiros.
É
do conhecimento geral que tanto o risco de condução
como os acidentes rodoviários não têm geralmente
uma causa única, resultando antes de uma falta de equilíbrio
entre os vários elementos do sistema de circulação.
Contudo, o que nem sempre é assim tão evidente para
todos é o fato de serem muitos os acidentes para cujas causas
e explicações da sua ocorrência estarem longe de
ser tão claras e óbvias como o é uma falha
mecânica, o excesso de velocidade, a taxa de alcoolémia,
etc. Na verdade, é frequente a ocorrência de acidentes
aparentemente inexplicáveis, na origem dos quais se podem
encontrar fatores tão pouco falados como a alimentação
e/ou o hábito de fumar ao volante!
De
facto, sendo hoje em dia a condução automóvel
uma atividade diária e rotineira, raramente paramos para
pensar no impato que vários fatores também eles
vulgares podem ter na nossa condução. Contudo, no que à
alimentação diz respeito constata-se que fatores como o
tipo de alimentação e/ou a frequência das
refeições podem ter um forte peso no nosso
comportamento ao volante!
Mas
que implicações podem ter na condução os
hábitos alimentares incorretos?
Entre
outras possíveis razões, constata-se que a alimentação
inadequada poderá:
- Contribuir para aumentar ou desencadear a fadiga no condutor;
- Fomentar a desconcentração, o aparecimento de sono ou até mesmo potenciar os seus efeitos;
- Desencadear más disposições ou pequenos enjoos;
- Suscitar condutas anómalas, que poderão ir desde a distração até mesmo à irritabilidade do condutor.
Sendo
assim, embora a atividade de conduzir não implique a colocação
de uma dieta especial, o certo é que a observação
de certas regras muito simples poderá evitar o aparecimento de
muitos efeitos nefastos que prejudicam o comportamento do condutor ao
volante. A título de exemplo, importa salientar que em viagem
- O almoço e o jantar devem fazer-se a horas habituais, evitando-se períodos demasiado longos ou irregulares em relação ao que é hábito;
- Devem fazer-se refeições ligeiras frequentes com pouca abundância de alimentos, em vez de refeições escassas e pesadas;
- Não se deve iniciar uma viagem longa sem se ter ingerido qualquer tipo de alimento, principalmente, quando se pensa estar algum tempo sem fazer uma paragem;
- Depois das refeições principais deve esperar-se algum tempo antes de se voltar a conduzir devendo mesmo, se possível, fazer-se um pequeno passeio;
- Não se deve comer durante a condução, pois a distração que tal comportamento pode provocar constitui um fator de risco não só frequente como também extremamente perigoso;
- Se viajar de manhã, deverá tomar um pequeno-almoço abundante e, isto porque, é natural que o primeiro troço seja mais dilatado, razão pela qual necessitará de mais reservas energéticas do que é habitual;
- Relativamente ao almoço e jantar, embora não necessite de uma ementa especial, estas refeições não devem ser abundantes mas antes de f+acil digestão, devendo assim ser ricas em hidratos de carbono, com baixo conteúdo de gordura animal, evitando-se ao máximo os alimentos flatulentos bem como os demasiado condimentados ou muito salgados.
Importa,
também, salientar que deverá aproveitar as paragens
esporádicas ao longo da viagem para ingerir alimentos “leves”,
tal como é o caso do iogurte, das bolachas, da fruta, etc,
devendo estes alimentos ser acompanhados da ingestão de água
ou bebidas não gaseificadas, preferencialmente de sumos
naturais.
Falando
agora para os candidatos a condutores, esqueçam o mitoque
devem tomar um calmante ou beber qualquer tipo de alcool para acalmar
nos exames de condução!
Nesses
dias, não alterem os hábitos alimentares nem imaginam
qualquer tipo de álcool ou tomem qualquer calmante.
Lembrem-se,
que o êxito do vosso exame, é o resultado da preparação
que obtiveram nas aulas e principalmente do tipo de escola e ensino
que vos ministraram!
Citando
Lucius Annaeus Seneca: “O homem que sofre antes de ser necessário,
sofre mais do que o necessário”!
Amilcar
Ferreira
Diretor/Instrutor
Escola de Condução Estrela do Nabão