A carta de condução, nos dias de
hoje , é um bem de extrema necessidade. É uma ferramenta que, por vezes permite
“arranjar” trabalho, bem como uma autonomia nas mais diversas deslocações.
Acontece que, cada vez mais, os
jovens desejam ter uma autonomia de movimento, não estando sujeitos à
dependência dos pais para de deslocarem entre pontos do seu interesse ou
necessidade. Querem ser possuidores de uma carta de condução e, se possível, de
um veículo próprio.
Quando se acercam de uma escola
de condução, buscam, erradamente, o valor mais baixo e pouco se preocupam com a
qualidade na formação. Quando chega o momento de desenvolver a prática “da
coisa”, optam, alguns pais, por assumirem o papel de formador e desenvolvem
lições caseiras, recorrendo a parques de estacionamento ou vias públicas pouco
movimentadas.
É verdade que um pai encartado é
uma pessoa habilitada a conduzir um veículo na via pública. No entanto, sabemos
que a condução de uma pessoa encartada vai sofrendo alterações ao longo dos
anos de prática, sendo regras formais substituídas por regras informais e que
vão adquirir uma presença formal nesse condutor.
Ao “ensinar” o seu filho a
conduzir em “casa”, as regras que vão ser ministradas são as falsas formais, o
que vai fazer com que haja conflito quando o jovem as aplicar no ensino da
escola de condução ou até no exame prático.
Assim, coloca-se a questão; será
um pai/mãe um bom formador se não estiver habilitado a sê-lo nessa área, ou
será melhor optar pela vertente educador? A resposta parece-me bastante clara.
Um pai/mãe, antes de pensar em ser um formador, deve ser um bom educador. Deve
dar bons exemplos rodoviários ao seu filho (a), ter boas posturas e correctos
comportamentos.
Antes de pensar em colocar o seu
filho (a) ao volante de um automóvel, deve ensina-lo a andar de bicicleta, oferece-lhe um manual
de regras de segurança para essa mesma bicicleta e, mais tarde, um livro de
“Código da Estrada” para que ele(a), possam começar a ter um contacto, com as
regras e sinais de trânsito.
Quando chegar o dia em que o
filho diz ao pai que quer aprender a conduzir, o pai deve com ele sentar-se a
uma mesa e juntos desenvolverem uma serie de testes de código da estrada para
perceberem, os dois, cada um no seu campo se, o pai tem real conhecimento das
regras e sinais de transito para as poder transmitir ao seu filho e o filho se
conhece minimamente essas mesmas regras e sinais de transito.
Porque se nenhum deles estiver
preparado, não devem avançar para o passo seguinte, é que os pais avançam para
o papel de formador, esquecendo-se do de educador e depois o custo do processo
sai muito mais caro, pois não permitem aos seus filhos adquirirem formação
essencial.
Não ofereça só ao seu filho uma
“carta de condução” ofereça lhe uma formação de qualidade, poderá fazer toda a
diferença em ver por muitos anos, o seu filho vivo ou não.
“O inteligente resolve os
problemas, o sábio previne-os!”
Diretor/Instrutor – Escola de
Condução Estrela do Nabão