segunda-feira, 28 de abril de 2014

A CONDUÇÃO E OS MEDICAMENTOS

Não sou capaz de iniciar este tema sem me lembrar que a crise aumentou “drasticamente” o número de doenças mentais. Em nome da santidade do seu orçamento, o Estado português é hoje uma aterrorizante máquina de roubo coletivo: roubo de empregos e de lucro legítimo das empresas; roubo de poupanças de anos; roubo de salários; roubo de pensões; roubo da vontade empreendedora dos cidadãos e, sobretudo, roubo da alma dos portugueses! Com tanta maldade feita aos portugueses, é natural, que a ansiedade, a depressão, os ataques de pânico e os transtornos obsessivo-compulsivos sejam as principais desordens da saúde mental de muitos portugueses. Mas a vida tem de continuar, as pessoas necessitam de conduzir o seu veículo e muitas vezes fazem-no sobre efeito de medicamentos. A condução é uma tarefa complexa que exige a recolha e integração de informação muito diversa que tem de ser devidamente tratada, requerendo respostas ajustadas e seguras às várias situações de trânsito com que o condutor se vai comportando. Poucos condutores sabem que os medicamentos, embora necessários para o bem-estar das pessoas, podem, nalgumas situações, prejudicar o desempenho físico e psíquico dos condutores. Não são só os medicamentos de utilização muito específica que podem afetar o estado psicofísico do condutor. Vários medicamentos de venda livre, considerados geralmente inócuos, como analgésicos (para as dores), antitússicos (xarope), anti-histamínicos (para as alergias), antigripais, diuréticos ou pomadas e gotas oftalmológicas podem ter consequências, afetando a segurança da condução. Quando um condutor está a tomar um medicamento em cujo folheto informativo se adverte que pode afetar a sua capacidade para a condução, deve levar isso a sério. Mesmo nos medicamentos que não requerem receita devem ter atenção às advertências constantes do prospeto. Seja qual for a medicação, há que estar atento aos seus efeitos secundários na capacidade de condução. Álcool e medicamentos – interação perigosa. Combinados com o álcool, os efeitos de certos medicamentos sobre as capacidades percetivas de concentração e de reação são multiplicados. Da mesma forma, os efeitos dos medicamentos podem potenciar os efeitos nocivos do álcool. Esta “conjugação” poderá potenciar o risco de sofrer um acidente. Alerto para um conjunto de situações que, certos medicamentos, provocam no condutor. Assim: - Sonolência; dificuldade de concentração; aumento do tempo de reação; perturbações da perceção; vertigens; náuseas; tremuras; dificuldade na coordenação motora; perda de noção do perigo; perturbações comportamentais; agressividade; condução irregular e dificuldade em manter a trajetória. Deixo um especial alerta aos candidatos a condutores: esqueçam o mito que devem tomar calmantes para exames, o risco de reprovarem aumenta consideravelmente. Aos candidatos a condutores que “a quente” se inscreveram nas escolas de condução low-cost e já reprovaram várias vezes, um abraço de solidariedade e embora compreenda o vosso estado de raiva e de impotência, não ingiram antidepressivos, em nada vos ajudará. Diretor/Instrutor Escola de Condução Estrela do Nabão