sexta-feira, 13 de maio de 2016

"Estrela do Nabão é sinónimo de condução segura e aprovações"

Foi publicada esta semana no Jornal Cidade de Tomar uma entrevista à sócia-gerente Maria Marques e ao diretor Amilcar Ferreira. O sucesso da escola tem chamado à atenção de novos parceiros e também dos media. Um texto da jornalista Elsa Gonçalves que pode ler aqui:

"Aberta há  37 anos na Rua Diogo de Arruda, n.º 6 em Tomar, em frente ao Jardim Escola Nun’Álvares, a Escola de Condução “Estrela do Nabão” tem como missão ensinar a conduzir com a máxima segurança.  O Jornal “Cidade de Tomar” esteve À conversa com Maria Marques, sócio-gerente a par da mãe, e Amílcar Ferreira, instrutor de condução e director desta escola que figura no top do ranking das escolas com maior taxa de aprovações.

CT - Há  quanto tempo se encontra ligada à escola de condução Estrela do Nabão?
Maria Marques- Eu cresci aqui. A  escola era da minha mãe e do meu pai, portanto, eu desde de pequenina que ando por aqui.

CT - Já faz parte da mobília (risos)…
Maria Marques -  Tenho quase 30 anos,  portanto já sou quase da idade da escola que  vai fazer 37 anos. Estou aqui desde o inicio. Recordo que quando era pequenina já vinha para aqui brincar. Fingia que dava aulas também…

CT - Quando é que começou a gerir a escola?

Maria Marques-   Foi a partir de 2011 que eu e a minha mãe -  porque a minha mãe tinha outro socio – ficámos as duas só com a escola. E ainda bem que ficámos  porque demos toda uma nova imagem á escola.  Apostámos na  modernização da escola que tem crescido muito desde então. As inscrições aumentaram porque, considero, os alunos identificam-se connosco. Aqui sentem que também estão em casa porque, no fundo, acabamos por ser uma família. Temos uma relação de grande proximidade com os nossos alunos e eles sentem-se bem aqui.
CT – Qual é o lema com que gere a escola de condução “Estrela do Nabão”?
Maria Marques -  O lema passa por trabalhar para as aprovações. Queremos que os instrutores sejam exigentes e competentes ao máximo para também passarmos os nossos ensinamentos aos alunos. Isto não só para que eles passem no exame mas também que aprendam para a vida. Exigência e competência são os pilares onde nos sentamos. Para nós, estes fatores são são muito importantes dado que nos permitem, depois, também seguir em frente. É  através da exigência e competência que se vai fazendo o nome da casa. Penso que as pessoas também se revêm nesses dois pilares. Pretendem uma escola onde sejam bem ensinadas, onde aprendam e onde passem.
CT – Que ambiente encontramos nesta escola?
Maria Marques – Tentamos que seja um ambiente descontraído entre todos mas não esquecendo a nossa missão profissional, ou seja, não existe  uma descontração “de tudo à balda”, pelo contrário. Tentamos que eles se sintam num sitio familiar, criando um ambiente mais propicio para aprendizagem. Muitas vezes, os nossos alunos vêm aqui mesmo  fora do horário das  aulas. E nós temos 5/6horas de aulas de código por dia. Sentem-se á vontade para vir fazer testes nos computadores -  porque temos computadores disponíveis durante o dia todo para eles poderem vir fazer testes - vêm fazer testes, treinar, colocam perguntas, expõem duvidas. Em relação aos alunos da aulas práticas perguntam-nos, por exemplo, o que é que devem fazer, quantas aulas devem marcar para aquele dia. Há uma dinâmica entre nós e os alunos.
CT -  Porque é que se chama “Estrela do Nabão?”
Maria Marques – O nome é  alusiva também ao rio Nabão e, na altura, eu penso que foi o meu pai que surgiu com a ideia do nome. Seria a Estrela da cidade… a menina da cidade e então ficou Estrela do Nabão. Foi fundada vai fazer 37 anos em Maio e neste momento somos 7 colaboradores entre pessoal administrativo e instrutores. Os nossos carros são todos semi-novos.
CT – Tem parcerias estabelecidas com outras instituições?
Maria Marques -  Sim, temos parcerias médicas com consultório do Dr. Rui Gândara, também temos parcerias com uma psicóloga a Dra. Bárbara Arrabaça que realiza os Psicotécnicos. Isto  porque nós não damos só aulas de condução também fazemos renovações das cartas ou 2.ª vias para as quais as pessoas precisam sempre de atestados médicos. Nós tentamos fazer aqui um serviço completo, portanto temos as renovações, segundas vias de cartas, alterações de moradas…. As pessoas muitas vezes não sabem que quando mudam de morada, mudam no cartão de cidadão e têm só 60 dias para alterarem a morada na carta. Há muitas pessoas que não sabem, e andam com a carta de condução com uma morada e o cartão de cidadão outra.
CT – Em termos de oferta, o que é que pode ser aqui encontrado?
 Maria Marques - Temos a carta de ligeiros, de motociclos para qualquer cilindrada,  os pesados de mercadoria (com reboque) e os pesados de passageiros.
Elsa: Qual é que é o elemento diferenciador no fundo em relação a outras escolas de condução? Porque este é um mercado altamente  competitivo…
Maria Marques: O que faz a diferença, desde logo à primeira vista, é a taxa de aprovações de acordo com o que está publicado na página do Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT).. Esta questão, já deixo mais para o diretor falar sobre isso. Mas esse é o ponto número um, porque tenho pessoas que vêm, quando vêm pedir preços, perguntam logo se é aqui a escola onde mais se passa ou a número 1 . Isso enche-nos de orgulho. As pessoas saberem lá fora que somos a escola que tem mais aprovações e virem à procura disso.

Uma escola que é adepta da condução defensiva
CT – E, Amílcar Ferreira, instrutor há 24 anos, como é que conseguem alcançar esse feito?

Amílcar Ferreira – A nossa taxa de aprovações anda na ordem dos 97%.  Escolas de condução há muitas -  penso que há 1406 no país -  só que isto é assim: as pessoas hoje não têm dinheiro depois querem ir seguras para a estrada. Portanto, eu na minha vida e na minha condução sempre fui muito exigente comigo próprio, isto em termos de previsão de antecipação. Sou adepto da condução defensiva, e foi isso que incuti aos instrutores. Depois, por nexo de causa são-lhe incutidas atitudes positivas em relação à segurança rodoviária.
CT – Ou seja…
 Amílcar Ferreira – Nós trabalhamos muito a previsão e a antecipação de cenários, de forma a que os alunos não surpreendam ninguém nem sejam surpreendidos. Porque é muito importante andar na estrada sem acidentes. Julgo  que existem tantos acidentes porque as pessoas não são defensivas, as pessoas não são prevêem, não antecipam cenários… depois acontecem aquelas tragédias. A maior parte das pessoas que hoje tiram a carta são jovens - e os jovens já por si têm aquela tendência de acelerarem, nós aqui incutimos muito e trabalhamos muito a condução defensiva, dado que vai ser algo que vai ser muito bom para a vida deles.
CT – Há muitas diferenças no ensino da condução de hoje em relação há 24 anos, quando começou?
Amílcar Ferreira - Há cerca de 20 anos o examinador era mais livre, hoje o examinador tem requisitos a cumprir, o exame é entre 40/55minutos. Os exames hoje não são fáceis,  são muito mais difíceis do que eram há 20 anos. Ou seja, há 20 anos o examinador dava uma volta de 10 minutos, fazia uma inversão de marcha e já estava o exame feito. Não havia as autoestradas que há hoje. Atualmente o exame já dura entre  40 a 55minutos, inclui auto estrada, com toda a complexidade de mais rotundas que não existiam nessa altura. Portanto, o aluno hoje tem que ser muito melhor  preparado para ser aprovado num exame de condução.
CT – Qual é a frase que mais repete junto dos seus alunos?
Amílcar Ferreira - Não surpreendam nem se deixem surpreender. Essa é o grande lema da condução. Isto tanto serve para os alunos como serve para os condutores. Conduzam de forma a não surpreender ninguém, nem serem surpreendidos porque isso é a base de evitar os acidentes."

quinta-feira, 28 de abril de 2016

COMO REDUZIR O CONSUMO DO SEU AUTOMÓVEL

Apesar do preço do barril do petróleo ter descido para valores que há muito tempo não se verificavam, os nossos governantes, não resistiram ao brutal aumento do ISP, que fez disparar os preços dos combustíveis, para valores insuportáveis, para os cidadãos e para as empresas. Assim, vou abordar itens relevantes que são imprescindíveis na perseguição aos baixos consumos.
E esses itens dependem diretamente de si, não é desculpa do mecânico ou da marca que fabricou o seu automóvel, são fatores que pode e deve corrigir de forma a alcançar uma melhor rentabilidade dos meios ao seu dispor, essa melhoria tem impacto tanto a nível pessoal como colectivo.
A nível pessoal o efeito maior será a poupança que sentirá na redução de consumo de combustível, a nível coletivo é a redução das necessidades de compra de combustível pelo país e a nível ecológico com a redução de emissões poluentes.
Não leve a arrecadação a passear, faça regularmente uma “limpeza” à bagagem e aos objectos inúteis lá deixados, aproveite e retire também os objectos do habitáculo, em especial do porta-luvas, e das bolsas laterais das portas.
Um mito que deve ser abandonado é o de deixar o automóvel em ponto morto nas descidas, o veiculo deve estar sempre engrenado numa velocidade, pois assim, gasta menos combustível do que se estiver em ponto morto.
Os motores atuais possuem centralina, que, medem diversos fatores, quando deteta que o veiculo e o motor estão em movimento e que não é necessário potência do motor, corta o combustível, além disso, circular nas descidas, com a velocidade engrenada, aumenta a segurança e evita o uso excessivo dos travões. As janelas abertas também comprometem a aerodinâmica do automóvel e aumentam a resistência ao ar, elevando o consumo, o ideal é mantê-las fechadas e com o ar-condicionado desligado, pois o ar condicionado é outro dos fatores, que fazem subir os consumos de combustivel.
Evite acelerações bruscas, seja suave ao dosear o pedal do acelerador, se não o fizer, esse comportamento, afetará em muito o consumo do combustivel.
A troca de velocidade, no momento adequado faz muita diferença no consumo, mas primeiro perceba como funciona uma caixa de velocidades, explicando de uma forma simples, quanto maior a rotação do motor em relação à rotação das rodas, maior será a força (binário) e , quanto menor a rotação do motor em relação às rodas, maior será a velocidade.
Assim, adeque as relações de caixa de velocidades, utilize de forma adequada , principalmente ao binário do seu automovel. Têm duvidas qual o melhor regime para as mudanças no seu veiculo? Pergunte ao vendedor no seu concessionário. Não quer? Então consulte o manual do proprietário e saiba a que rotação é atingido o binário máximo, tendo esse conhecimento e com prática, poderá adequar o seu estilo de condução ao momento ideal.
Uma forma de poupar combustivel, é respeitar os limites de velocidade, o aumento de consumo não é proporcional com o aumento de velocidade, o consumo aumenta mais rápido que a velocidade, se possuir computador de bordo, com indicações dos consumos, coloque-o no modo de consumo instantâneo , assim conseguirá adequar a sua velocidade ao consumo pretendido.
Antes de iniciar o seu percurso, decida qual o caminho que irá percorrer, se tiver diversas alternativas, escolha o caminho com menos curvas, com poucas subidas e de preferência sem semáforos, a razão é simples de perceber, menos alterações de velocidade e menos paragens, significam menos consumo.
Nem sempre o caminho mais curto é o mais económico.
Amílcar Ferreira
Diretor/Instrutor  Escola de Condução Estrela do Nabão

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

AS PASSADEIRAS E OS ATROPELAMENTOS

È com enorme consternação, que, abordo este tema, mas, não poderia ficar indiferente aos inumeros atropelamentos que têm ocorrido nas passadeiras. Todos eles causados essencialmente por questões comportamentais e de desrespeito pelas regras de trânsito.
Os condutores e os peões, têm que ter a noção da enorme desproporção existente entre os veiculos, cuja agressividade é notória e a fragilidade dos peões, que também utilizam a via pública arriscando a sua integridade fisica, quando ficam ao alcance dos veiculos.
Embora o atravessamento das faixas de rodagem pelos peões deva fazer-se nas respectivas passagens assinaladas, é necessário ter em conta que em certos casos, esta obrigação pode não ser cumprida se não existir qualquer passagem assinalada a menos de 50 metros.
Também, o condutor nunca se deve esquecer, que, ao mudar de direção é obrigado a moderar a velocidade e a ceder passagem aos peões que estejam a atravessar a faixa de rodagem, à entrada da via que vai tomar, mesmo que, não exista passagem assinalada para peões.
A não cedência de passagem aos peões pelo condutor, que muda de direção dentro das localidades, bem como, o desrespeito pelo trânsito de peões que tenham iniciado a travessia nas passagens para o efeito assinaladas, constitui contraordenação grave. Estando previsto na lei, uma coima mais sanção acessória de inibição de conduzir de um mês a um ano.
A vulnerabilidade dos utentes da via é um sintoma da deficiente envolvente rodoviária e falta de responsabilização de quem a utiliza.
Antes de sermos condutores, todos somos peões, e cada condutor, também peão, tem a obrigação de os respeitar e de ser solidário e compreensivo com as suas dificuldades. Deverá, enquanto condutor, moderar especialmente a velocidade na aproximação de passagens para peões, antecipar e prever cenários, para nunca ser surpreendido nem surpreender.
Enquanto peão, nunca deverá atravessar a faixa de rodagem, mesmo nas passagens assinaladas, sem ter a certeza que a velocidade e a distância que vem o veiculo, não existe o perigo de colisão. Quando atravessarem a faixa de rodagem, façam-no, o mais rápido possivel. Lembrem-se, que, enquanto peões, poderão ser atropelados nas passadeiras e terem culpa. Porquê? Porque o regulamento do código da Estrada, diz, que os peões, só poderão fazer o atravessamento, quando da sua atravessia não resultar perigo, se houve atropelamento, houve perigo.
Portanto, não abusem do direito de prioridade nas passagens de peões, até porque, enquanto peões, somos o elo mais fraco.

Façam da segurança rodoviária, um testemunho rigoroso de comportamentos e atitudes responsáveis. Importa consciencializar que a lágrima advém muitas vezes de escolhas e negligências que antecedem a sinistralidade rodoviária.
Diretor/Instrutor Escola de Condução Estrela do Nabão

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

AS REGRAS DO ENSINO DE CONDUÇÃO MUDARAM

Desde o dia 21 de Setembro, as regras de Ensino de Condução em Portugal mudaram. Muito se tem falado que deveriam existir mudanças, mas quando se discute que tipo de mudanças, parece nunca haver acordo.
A primeira mudança e a principal, é o contrato. Nesse contrato terá de constar todos os itens que vão ser cobrados ao aluno para tirar a carta de condução por completo. Ou seja, passa a haver mais controlo e acima de tudo os alunos, passam a ter conhecimento total daquilo que lhes é cobrado pela carta de condução. Em caso de reprovação, o contrato deve também, mencionar o que acontece, quais os custos e quais as aulas que se deve ter a mais.Tem também de constar que o aluno tem a possibilidade de escolher o Centro de Exames, como sempre teve, mas agora essa informação deve estar contratualizada.
Para quem tirar a carta de ligeiros de passageiros, são necessárias 28 aulas teóricas de uma hora cada, em vez dos habituais 50 minutos. Com três módulos distintos: Segurança Rodoviária, Teoria da Condução e um Módulo complementar Teórico-Prático. Nesta ultima vertente, o aluno terá de complementar 32 horas e 500 quilómetros percorridos.
Para além destas medidas, estuda-se ainda a possibilidade dos exames serem filmados, o que permitirá a erradicação da corrupção ou pelo menos uma diminuição drástica, dado que o examinador não poderá auxiliar em nada a condução do examinando.
É certo que há alguma mudanças, e a meu ver, todas elas são para melhor, mas continuamos a ter o problema dos preços das cartas de condução. O legislador, deveria tabelar os preços, ao não acontecer, continuamos a assistir, ao ensino para reprovar, pois as reprovações dão muito dinheiro e continuam a permitir , que, algumas Escolas de Condução, continuem com a porta aberta, incobrindo as suas vergonhosas taxas de aprovações.
Na verdade, as escolas de condução são empresas que visam o lucro. No entanto, ainda assim, devem as mesmas procurar um equilibrio entre esse pressuposto comercial e a responsabilidade que lhes é imputada de formarem condutores responsáveis capazes de diminuirem a taxa de sinistralidade, que mancha as estradas portuguesas.
O que se passa é que o mercado das Escolas de Condução nunca foi pacifico. A liberalização dos valores de formação fez com que se colocasse para quarto ou quinto plano o ideal da formação. Todos os dias recebemos alunos vindos de outras escolas de condução, em desânimo total, pois investiram milhares de euros e não obtiveram o desejado titulo de condução.
Obter a carta de condução, nunca será como ir ao supermercado comprar um kg de maças.
A todos vós profissionais, trabalhem com competência, com qualidade, com seriedade, trabalhem para formar bons condutores, para diminuir a sinistralidade rodoviária, para que as gerações futuras tenham cada vez maior civismo ao volante.
Vençam a concorrência por terem os melhores instrutores, por formar os melhores condutores, por terem e divulgarem as maiores taxas de aprovações.
Deêm o melhor de vós, sejam vaidosos no brio e no profissionalismo e no final, cobrem um preço justo para isso. Parem de enganar os candidatos a condutores.
Só assim, será possivel continuarem a encarar o Domingo à noite com o mesmo sorriso nos lábios de Sexta-feira.


Amílcar Ferreira

Diretor/Instrutor Escola de Condução Estrela do Nabão

sábado, 10 de outubro de 2015

Continua a morrer-se muito nas Estradas Portuguesas

Decorridos nove meses do ano 2015, conclui-se que, se continua a morrer muito nas estradas portuguesas. Mortes essas provenientes de sinistralidade rodoviária que poderia, com grande facilidade, ser diminuida para valores residuais se a legislação fosse adequada e se os condutores praticassem condução defensiva.
Alteram-se algumas regras na legislação do Código da Estrada, sob o pretexto de que tal iria ter uma repercussão positiva nos valores indicados da sinistralidade nas estradas portuguesas e suas consequências. Acontece que, até então, os valores têm vindo sempre a subir.
Os responsáveis portugueses pelas alterações pontuais às regras do Código da Estrada, alegam que essas mesmas alterações visam promover uma maior segurança e fomentam o respeito que cada interveniente tem por si e por quem consigo se cruza.
Acontece que os numeros indicam outra coisa completamente diferente, ou seja, os numeros mostram que a morte nas estradas portuguesas está cada vez mais elevada. E pior que isso, mostra que essa tendência se vinca cada vez mais nos gráficos indicados.
Entre o dia 1 de Janeiro de 2015 e o dia 30 de Setembro de 2015, ocorreram nas estradas portuguesas, cerca de 90.000 acidentes rodoviários, mais 4.130 acidentes que no ano de 2014, no mesmo periodo de tempo. Relativamente a mortes registadas, este ano de 2015, já se verificaram 361, mais 24 que no ano passado. São numeros, que nos fazem perguntar, porque se morre nas estradas?
Com o aparecimento das Escolas de Condução Low-Cost, com instrutores impreparados, é o começo para uma formação sem qualidade. Depois, com grande parte das escolas de condução, a enganarem os candidatos a condutores, “trabalhando” para a reprovação é a “ cereja no cimo do bolo”, para que os “novos” condutores, vão para a estrada sem o minimo de preparação.
Depois, os senhores legisladores, que deveriam ouvir as pessoas certas, fazem
“ouvidos surdos” e legislam leis, sem o minimo de racionalidade. A “nova” lei das rotundas é um exemplo.
A atualização de conhecimentos dos condutores, não existe, o que, em tese é o seguinte: se eu tirar a carta de condução aos 18 anos e se viver até aos 100 anos, nestes 82 anos, basta comprar um atestado médico, para estar legalmente habilitado a conduzir.
Os radares de velocidade escondidos, que, são uma verdadeira caça à multa, tambem não ajudam a diminuir a taxa de sinistralidade. Nunca a caça à multa foi ou será prevenção rodoviária em Portugal ou em outros paises do planeta. A caça à multa é e sempre será uma forma de encher os cofres dos estados que o promovem, visando essencialmente a penalização e não a sensibilização e pedagogia.
Se juntarmos a tudo isto, a não prática de condução defensiva, ou seja, prever e antecipar cenários, temos nas estradas portuguesas uma autêntica chacina rodoviária.

Pensem nisto. Afinal, a vida é única!

Diretor/Instrutor

Escola de Condução Estrela do Nabão   

terça-feira, 28 de julho de 2015

O EMIGRANTE E A VIAGEM

A primeira semana de Agosto é uma semana de grande fluxo de tráfego, não apenas nas estradas portuguesas mas, também, por essas estradas da Europa. É a semana que inicia as férias dos que rumam às suas origens em busca de novas forças anímicas para enfrentar mais um longo periodo de trabalho.
Longe vai o tempo em que os emigrantes portugueses escolhiam, como meio de transporte, na vinda de Agosto a Portugal, o comboio. Nessa época, os comboios vinham cheios de famílias ansiosas de verem os seus entes queridos. No entanto, essas viagens eram cansativas, demoradas e sem conforto.
Com o evoluir dos tempos, e o crescimento da economia e do poder de compra, deu-se início à aquisição de automóveis e muitas famílias deram início às viagens de regresso a Portugal, utilizando o automóvel.
Acontece que, até meados dos anos 80, as vias de comunicação não eram as melhores, obrigando os condutores a viagens muito longas, muito cansativas, dispendiosas e com uma taxa de mortalidade rodoviária elevada.
A evolução tecnológica no ramo automóvel e no desenvolvimento das vias de comunicação, como a construção de autoestradas, túneis e áreas de repouso fizeram com que o tempo de viagem se tenham tornado inferior, a viagem menos cansativa, mais confortável e segura, desde que as regras de segurança sejam cumpridas e respeitadas. Assim, deixo-vos alguns conselhos para que a sua chegada seja em festa.

  • Nunca inicie uma viagem sem ter descansado adequadamente, se não for sua ideia compartilhar as horas de condução com outra pessoa. É que à fadiga habitual, típica de um dia de trabalho, acrescerá o resultado da própria actividade de condução;
  • Antes de dar início à viagem é conveniente planear cuidadosamente o itinerário a seguir, optando pela estrada que apresenta maior segurança, mesmo que tal implique uma maior duração ou custo da viagem. Neste sentido, sempre que possível, opte por viajar em autoestradas;
  • Deslocando-se com familiares e/ou amigos, em vários automóveis, é conveniente combinarem, previamente, os pontos de encontro e de paragem, a fim de evitar o “stress” de estar sempre pendente da perda dos outros veículos, o que, em muitos casos, é responsável por condutas de risco, tais como ultrapassagens precipitadas e, portanto, muito perigosas;
  • Não estipule nunca uma hora fixa de chegada ao local de destino nem imponha metas exageradas de tempo ou distância. É que, na impossibilidade de as cumprir, terá tendência para adoptar condutas de risco, principalmente no que respeita à velocidade e ultrapassagem;
  • Certifique-se antecipadamente que o veículo se encontra em boas condições mecânicas. Para tal, antes de dar início à viagem, confira especial atenção à pressão dos pneus, limpeza dos vidros e dos farois, nível de óleo do motor, estado de funcionamento do limpa pára-brisas e nível do limpa vidros;
  • Não carregue demasiado o veículo e distribua a bagagem correctamente dado que, se não o fizer, a distância de travagem aumenta, provocando, também, alterações de estabilidade do veículo e do controle de direcção. Além disso, não transporte volumes soltos, passíveis de prejudicar a visibilidade do condutor ou de se deslocarem em andamento;
  • Não conduza mais de oito horas por dia, parando cerca de quinze minutos por cada duas horas de condução, ou a cada 150/ 200 Km;
  • Utilize sempre o cinto de segurança e certifique-se de que todos os passageiros o fazem também. Transportando crianças, faça-o no banco de trás, utilizando os sistemas de retenção homolgados e adequados à sua idade, peso e tamanho;
  • Os alimentos devem ser ligeiros e fáceis de digerir, devendo, assim, ser evitados os flatulentos e os salgados. O pequeno almoço deverá ser mais abundante do que o habitual, principalmente sempre que a ele se sucede o início da viagem. As bebidas alcoólicas não devem ser ingeridas. Beba muita água para evitar a fadiga muscular, sendo, também, benéfica a ingestão de sumos e/ou refrescos não gaseificados;
  • Pratique condução defensiva, não surpreenda nem se deixe surpreender;
  • Entre outros aspectos, viajar em segurança implica, sempre, manter a distância de segurança adequada, cumprir os limites de velocidade e, acima de tudo, não circular nunca a velocidade excessiva. Circulando a velocidade adequada fará, não só uma condução mais segura, como também mais económica.

Boa viagem!


segunda-feira, 9 de março de 2015

O Ranking das Escolas de Condução. Já está!

Finalmente, o IMT, enquanto entidade reguladora da atividade do ensino da condução e das escolas de condução, veio fornecer informação relevante para os intervenientes no processo de habilitação de condutores. O desenvolvimento e aprendizagem das competências necessárias ao exercício da condução em segurança é o resultado da motivação e capacidades intrínsecas do candidato a condutor, associados à formação de excelência ou não, em escola de condução.
A Lei nº 14/2014, de 18 de Março, prevê a possibilidade do IMT, disponibilizar periodicamente os resultados das provas de exame – teóricos e práticos – por escola de condução e foi o que aconteceu. Os dois semestres relativos ao ano de 2014, já estão «cá fora».
A partir de agora, os candidatos a condutores e seus familiares dispoêm de uma ferramenta pública, que os poderão orientar na seleção de onde tirar a carta de condução. Os candidadtos a condutores, não querem reprovar, o dinheiro não abunda e o trauma psicológico de uma reprovação é angustiante.
Há anos que travo uma «luta» contra as vigarices das escolas de condução low-cost. O sofrimento dos que lá se inscrevem e nada obtiveram, deram-me ainda mais força para me envolver na divulgação pública por escola, das taxas de aprovação à primeira. Não é uma vitória minha, é uma vitória de todos os que defendem o profissionalismo, a competência e o rigor, numa àrea extremamente sensível que é: formação de condutores.
No espaço de duas semanas, o IMT, disponibilizou no seu site, os resultados das aprovações à primeira por escola de condução.
Como já é sabido, a Escola de Condução Estrela do Nabão, liderou nos resultados das aprovações nos dois semestres. No primeiro semestre, liderou na Cidade de Tomar e em todos os concelhos ao seu redor. No segundo semestre, liderou em Tomar e em todo o distrito de Santarém, sendo, também, uma das primeiras classificadas no país.
É um orgulho para mim e para a minha equipa, para os alunos e certamente, também o será para todos os Tomarenses. Todos contribuiram à sua maneira para este enorme êxito: 83,3% de aprovações nos exames teórico e 90,7% de aprovações nos exames práticos.
Foi fácil? Claro que não!
Exigiu de mim, como líder da equipa, à equipa, aos alunos, um rigor e um feedback, para que estes resultados acontecessem. Liderámos em mais de mil escolas de condução! Em qualquer organização, o sucesso só poderá acontecer com rigor, saber e profissionalismo e caros leitores, coloquei toda a minha experiência e saber ao serviço do grupo e vencemos! Sinto-me feliz e orgulhoso? Claro que sim!
Durante os últimos dias, temos recebido enormes manifestações de carinho, muito nos têm sensibilizado e muito têm contribuido para a nossa alegria. Prometo-vos, que iremos continuar a vencer e iremos continuar ao vosso lado,a lutar e partilhar sonhos.

Amílcar Ferreira
Diretor/Instrutor