sábado, 10 de outubro de 2015

Continua a morrer-se muito nas Estradas Portuguesas

Decorridos nove meses do ano 2015, conclui-se que, se continua a morrer muito nas estradas portuguesas. Mortes essas provenientes de sinistralidade rodoviária que poderia, com grande facilidade, ser diminuida para valores residuais se a legislação fosse adequada e se os condutores praticassem condução defensiva.
Alteram-se algumas regras na legislação do Código da Estrada, sob o pretexto de que tal iria ter uma repercussão positiva nos valores indicados da sinistralidade nas estradas portuguesas e suas consequências. Acontece que, até então, os valores têm vindo sempre a subir.
Os responsáveis portugueses pelas alterações pontuais às regras do Código da Estrada, alegam que essas mesmas alterações visam promover uma maior segurança e fomentam o respeito que cada interveniente tem por si e por quem consigo se cruza.
Acontece que os numeros indicam outra coisa completamente diferente, ou seja, os numeros mostram que a morte nas estradas portuguesas está cada vez mais elevada. E pior que isso, mostra que essa tendência se vinca cada vez mais nos gráficos indicados.
Entre o dia 1 de Janeiro de 2015 e o dia 30 de Setembro de 2015, ocorreram nas estradas portuguesas, cerca de 90.000 acidentes rodoviários, mais 4.130 acidentes que no ano de 2014, no mesmo periodo de tempo. Relativamente a mortes registadas, este ano de 2015, já se verificaram 361, mais 24 que no ano passado. São numeros, que nos fazem perguntar, porque se morre nas estradas?
Com o aparecimento das Escolas de Condução Low-Cost, com instrutores impreparados, é o começo para uma formação sem qualidade. Depois, com grande parte das escolas de condução, a enganarem os candidatos a condutores, “trabalhando” para a reprovação é a “ cereja no cimo do bolo”, para que os “novos” condutores, vão para a estrada sem o minimo de preparação.
Depois, os senhores legisladores, que deveriam ouvir as pessoas certas, fazem
“ouvidos surdos” e legislam leis, sem o minimo de racionalidade. A “nova” lei das rotundas é um exemplo.
A atualização de conhecimentos dos condutores, não existe, o que, em tese é o seguinte: se eu tirar a carta de condução aos 18 anos e se viver até aos 100 anos, nestes 82 anos, basta comprar um atestado médico, para estar legalmente habilitado a conduzir.
Os radares de velocidade escondidos, que, são uma verdadeira caça à multa, tambem não ajudam a diminuir a taxa de sinistralidade. Nunca a caça à multa foi ou será prevenção rodoviária em Portugal ou em outros paises do planeta. A caça à multa é e sempre será uma forma de encher os cofres dos estados que o promovem, visando essencialmente a penalização e não a sensibilização e pedagogia.
Se juntarmos a tudo isto, a não prática de condução defensiva, ou seja, prever e antecipar cenários, temos nas estradas portuguesas uma autêntica chacina rodoviária.

Pensem nisto. Afinal, a vida é única!

Diretor/Instrutor

Escola de Condução Estrela do Nabão   

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