
A
primeira mudança e a principal, é o contrato. Nesse
contrato terá de constar todos os itens que vão ser
cobrados ao aluno para tirar a carta de condução por
completo. Ou seja, passa a haver mais controlo e acima de tudo os
alunos, passam a ter conhecimento total daquilo que lhes é
cobrado pela carta de condução. Em caso de reprovação,
o contrato deve também, mencionar o que acontece, quais os
custos e quais as aulas que se deve ter a mais.Tem também de
constar que o aluno tem a possibilidade de escolher o Centro de
Exames, como sempre teve, mas agora essa informação
deve estar contratualizada.
Para
quem tirar a carta de ligeiros de passageiros, são necessárias
28 aulas teóricas de uma hora cada, em vez dos habituais 50
minutos. Com três módulos distintos: Segurança
Rodoviária, Teoria da Condução e um Módulo
complementar Teórico-Prático. Nesta ultima vertente, o
aluno terá de complementar 32 horas e 500 quilómetros
percorridos.
Para
além destas medidas, estuda-se ainda a possibilidade dos
exames serem filmados, o que permitirá a erradicação
da corrupção ou pelo menos uma diminuição
drástica, dado que o examinador não poderá
auxiliar em nada a condução do examinando.
É
certo que há alguma mudanças, e a meu ver, todas elas
são para melhor, mas continuamos a ter o problema dos preços
das cartas de condução. O legislador, deveria tabelar
os preços, ao não acontecer, continuamos a assistir, ao
ensino para reprovar, pois as reprovações dão
muito dinheiro e continuam a permitir , que, algumas Escolas de
Condução, continuem com a porta aberta, incobrindo as
suas vergonhosas taxas de aprovações.
Na
verdade, as escolas de condução são empresas que
visam o lucro. No entanto, ainda assim, devem as mesmas procurar um
equilibrio entre esse pressuposto comercial e a responsabilidade que
lhes é imputada de formarem condutores responsáveis
capazes de diminuirem a taxa de sinistralidade, que mancha as
estradas portuguesas.
O
que se passa é que o mercado das Escolas de Condução
nunca foi pacifico. A liberalização dos valores de
formação fez com que se colocasse para quarto ou quinto
plano o ideal da formação. Todos os dias recebemos
alunos vindos de outras escolas de condução, em
desânimo total, pois investiram milhares de euros e não
obtiveram o desejado titulo de condução.
Obter
a carta de condução, nunca será como ir ao
supermercado comprar um kg de maças.
A
todos vós profissionais, trabalhem com competência, com
qualidade, com seriedade, trabalhem para formar bons condutores, para
diminuir a sinistralidade rodoviária, para que as gerações
futuras tenham cada vez maior civismo ao volante.
Vençam
a concorrência por terem os melhores instrutores, por formar os
melhores condutores, por terem e divulgarem as maiores taxas de
aprovações.
Deêm
o melhor de vós, sejam vaidosos no brio e no profissionalismo
e no final, cobrem um preço justo para isso. Parem de enganar
os candidatos a condutores.
Só
assim, será possivel continuarem a encarar o Domingo à
noite com o mesmo sorriso nos lábios de Sexta-feira.
Amílcar
Ferreira
Diretor/Instrutor
Escola de Condução Estrela do Nabão